20.7.11

De facto já estava desconfiada que algo mais se iria passar. Estávamos chateados e o meu humor, mal cheguei a festa e te vi, não foi dos melhores, mas as coisas foram desenrolando, cigarro atrás de cigarro, piada atrás de piada, abraço atrás de abraço (...) até que começo a suspeitar de que a amizade que teria acabado de chegar da reconciliação, estaria a ir já um bocado mais longe. Cheguei ao ponto de me encontrar deitada ao teu lado e tu bem abraçado a mim, com os teus braços em torno do meu tronco, as tuas pernas entrelaçadas nas minhas e a tua cabeça encostada à minha. Comecei a petrificar, até que toca do telemóvel. Eram os meus pais a avisar que já tinham chegado para me apanhar, mas por qualquer motivo não queria sair de onde estava. Não sei se era por também querer algo, ou se era simplesmente por estar de novo nos braços do meu melhor amigo. Fui a pensar nisso até casa, nem ouvia os sermões que o meu pai me estava a dar na altura sobre "estudo, estudo e mais estudo!", até que o telemóvel volta a vibrar com uma mensagem tua, a confirmar todas as minhas suspeitas. Tu querias realmente estar comigo, e eu agora sinto-me completamente baralhada e tens que compreender, és o meu melhor amigo, uma das únicas pessoas de quem eu nunca estaria a espera disto. Enfim, só quero que não nos voltemos a chatear, o resto, é fachada e adiável (talvez).
NS.

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